‘Superlua de esturjão’ acontece amanhã e será a última do ano; veja como observar

Para avistar o satélite natural, não é preciso nenhum equipamento especial, somente condições climáticas favoráveis. Fenômeno ocorre na mesma semana que chuva de meteoros Perseidas, que poderá ser vista mais nitidamente no Norte e Nordeste.

'Superlua dos Cervos' vista em Jacutinga (MG) no último dia 14 de julho. — Foto: Gabriel Bassi

‘Superlua dos Cervos’ vista em Jacutinga (MG) no último dia 14 de julho. — Foto: Gabriel Bassi

Nesta quinta-feira (11), mais uma superlua poderá ser observada no céu de todo o Brasil, se as condições climáticas forem favoráveis, claro.

Essa será a terceira e última superlua do ano. Esse é um termo que não é muito utlizado por astrônomos, mas na prática significa que a Lua aparecerá maior e mais brilhante do que o normal, já que ela estará próxima ao seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra durante sua órbita.

Esta superlua de agosto é conhecida como “Superlua de esturjão”. O nome está relacionado à época em que o peixe é encontrado em bastante quantidade nos Grandes Lagos da América do Norte, um conjunto imenso de lagos de água doce entre o Canadá e os Estados Unidos.

Essa é a terceira vez que temos uma superlua em 2022, de acordo com a Nasa, a agência espacial norte-americana. A primeira foi a Superlua de Morango, em junho, e a segunda foi a ‘Superlua dos Cervos’, em julho.

A Nasa explica que para a aproximação do nosso satélite natural ser considerada uma superlua, é preciso que uma lua nova ou uma lua cheia esteja acima do limite de 90% do perigeu.

“Como não podemos ver superluas novas (exceto quando a Lua passa na frente do Sol e causa um eclipse), o que chama a atenção do público são as superluas cheias, pois são as maiores e mais brilhantes luas cheias do ano”, diz a agência.

Para avistar a superlua, não é preciso usar nenhum equipamento especial. Basta que as condições climáticas estejam favoráveis, sem nuvens. Uma sugestão é olhar para o céu logo após a Lua surgir, horário que varia dependendo da sua região e fuso horário.

Em São Paulo, por exemplo, a Lua irá nascer amanhã às 17h29. Já no Recife será às 17h06. Em Porto Velho, o fenômeno poderá ser visto 18h06 no horário local.

O termo “superlua” surgiu em 1979 e não é o que poderíamos chamar de um “conceito astronômico”. Ele é usado fora do meio acadêmico para fazer referência à união do perigeu com a Lua cheia. Não é uma situação rara de apreciar, mas é uma excelente oportunidade para quem quer começar a observar o céu.

As pessoas se sentam em cima de um velho vagão de trem à noite enquanto assistem à anual chuva de meteoros Perseidas perto da fronteira Israel-Egito em Ezuz, no sul de Israel, na quarta-feira (12) — Foto:  Amir Cohen/Reuters

As pessoas se sentam em cima de um velho vagão de trem à noite enquanto assistem à anual chuva de meteoros Perseidas perto da fronteira Israel-Egito em Ezuz, no sul de Israel, na quarta-feira (12) — Foto: Amir Cohen/Reuters

Perseidas: chuva de meteoros

Nessa mesma semana da Superlua de Esturjão, a chuva de meteoros Perseidas, que acontece todos os anos, alcançará seu pico nos dias 12 e 13 de agosto.

Segundo a Nasa, observadores no hemisfério norte poderão ver o fenômeno, que geralmente resulta em 50 a 100 “estrelas cadentes” (meteoros) por hora no seu auge. Esse ano, porém, justamente por causa da Lua, a chuva de meteoros terá sua intensidade reduzida, com a expectativa de no máximo 20 a cada hora.

Isso ocorre porque o brilho da lua cheia, que ocorre até o próximo sábado (13), ofuscará a visão de espectadores.

No hemisfério sul, que inclui o Brasil, a Perseidas será melhor visível em cidades do Norte e Nordeste do país.

Para assistir o fenômeno também não é necessário equipamento espacial, mas um ambiente escuro facilita a observação.

 

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