Bombou no g1: Dúvida que une todos, reportagem explicou de onde vem o mosquitinho do banheiro

Bichinho é atraído pelo cheiro, que procura um local para botar ovos. Esta reportagem foi originalmente publicada em novembro e faz parte de um especial do g1 que relembra algumas das histórias mais lidas do ano.

Histórias inspiradoras, personagens marcantes, casos divertidos e dúvidas comuns a todos. Neste mês de dezembro, o g1 reconta reportagens que foram sucesso entre os nossos leitores ao longo de 2021. Hoje é dia de relembrar a explicação sobre as origens do conhecido mosquitinho de banheiro.

Esta reportagem foi originalmente publicada em novembro e faz parte de um especial do g1 que relembra algumas das histórias mais lidas do ano.

Mosquitinho de banheiro - selo Bombou no g1 — Foto: Editoria de Arte/g1

Mosquitinho de banheiro – selo Bombou no g1 — Foto: Editoria de Arte/g1

Relembre

De cor preta, cinza ou marrom, corpo coberto por cerdas com aparência de pelo, com apenas três milímetros de comprimento e pesando poucos miligramas, o famoso mosquitinho de banheiro faz parte de um enigma que une a todos: por que eles gostam tanto desse cômodo?

A resposta pode não ser tão agradável, como explicou o biólogo especialista em insetos, Marco Gottschalk, já que esses mosquitinhos são atraídos pelos odores existentes nesses espaços, como o cheiro de urina, que indica a presença de matéria orgânica e umidade, importantes para o desenvolvimento das larvas. Os mosquitinhos buscam lugares para se alimentar e depositar os ovos.

“De uma forma geral, esses insetos são mais comuns em ambientes úmidos. No caso das mosquinhas de banheiro, as larvas são aquáticas e normalmente habitam os ralos, onde há acúmulo de matéria orgânica”, disse Gottschalk.

Leia também:

Espécies

Da família Psychodidae, esses mosquitinhos representam não uma, mas centenas de espécies: são pelo menos 2.500 em todo o mundo, e boa parte vive na mata, e não na cidade. No Brasil, são mais de 500 espécies registradas, sendo mais de 100 consideradas endêmicas.

“[Os mosquitinhos de banheiro] pertencem ao grupo Psychodomorpha. Na linguagem mais coloquial podemos dizer que são mosquitos”, explicou Gottschalk.

“As espécies mais comuns dentro das residências são cosmopolitas, pois já possuem uma história de associação ecológica com o homem. Em função disso, esses insetos acabaram colonizando diversas regiões do globo. No entanto, como a família é bem diversa, encontramos espécies associadas a ambientes urbanos e rurais, assim como exclusivas de áreas de vegetação nativa”, disse o especialista.

Comuns e numerosos

De acordo com Gottschalk, os mosquitinhos de banheiro se tornam comuns e numerosos porque uma única fêmea fecundada pode depositar de dezenas a centenas de ovos. “Eles eclodem após algum tempo e dão origem às larvas, que se desenvolvem, sofrem metamorfose, e chegam à fase adulta. Todo o ciclo demora aproximadamente duas semanas, podendo variar de acordo com a temperatura do ambiente.”

“Além disso, os banheiros são uma das áreas mais úmidas das casas, o que faz com que se tornem ambientes propícios para a sobrevivência dos adultos. Sucintamente, as moscas do banheiro estão lá em busca de alimento, tanto para elas mesmas, como para as larvas.”
Quando ele aparece é sinal de que seu banheiro não está tão limpo assim — Foto: Jiel Beaumadier

Quando ele aparece é sinal de que seu banheiro não está tão limpo assim — Foto: Jiel Beaumadier

Capazes de voar dezenas ou até centenas de metros em um dia, os insetos também se deslocam por “movimento passivo”, quando larvas e adultos são carregados pelos homens no transporte de animais e/ou mercadorias. “É desta maneira, normalmente, que muitas espécies atingem o status de cosmopolitas”, disse Gottschalk.

Riscos e higiene

O especialista também explicou que os mosquitinhos de banheiro não oferecem grande risco ao ser humano, mas podem carregar micro-organismos aderidos para locais que precisam estar limpos, contaminando, assim, esses espaços.

“Por sorte, uma limpeza semanal no banheiro é o suficiente para eliminar as larvas e evitar que as populações aumentem”, orientou Gottschalk.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*