Operação da PF prende em BH suspeito de tráfico internacional de drogas; um está foragido.

A Polícia Federal (PF) prendeu um suspeito de envolvimento com o tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, em Belo Horizonte, durante a Operação Flight Level, nesta segunda-feira (12). Um outro suspeito segue foragido.

De acordo com a PF, as investigações começaram após apreensão, no Aeroporto Internacional de Lisboa, em Portugal, de um avião executivo brasileiro que transportava 175 quilos de cocaína em outubro de 2020. Três pessoas foram presas naquela época.

A PF identificou que a aeronave partiu de Belo Horizonte e que houve participação dos sócios dessa aeronave em um esquema de transporte de drogas em aviões particulares. Foi possível ainda identificar que a organização utilizou “laranjas” e “fantasmas” para ocultar bens conseguidos com a atividade criminosa.

De acordo com o delegado Marcelo Leonardo Rodrigues Xavier, além da empresa proprietária do avião, que fez a viagem, existem outras seis que foram criadas com nomes falsos. Uma delas está no nome de um dos investigados.

As empresas são relacionadas à aviação, como uma de táxi aéreo, mas sem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar. Uma delas atuava clandestinamente, de forma irregular, segundo Xavier.

Ainda segundo o delegado, uma empresa que funciona em um hangar da Pampulha exerce atividade irregular porque tem autorização da Infraero para explorar o hangar, mas não para fazer voos comercial/executivo. Xavier disse que eles podem guardar aeronaves e fazer voos particulares, mas nunca fretamentos.

Mandados

A PF cumpriu 20 mandados de busca e apreensão. Houve o bloqueio de contas de 29 pessoas físicas e jurídicas, sequestro de 15 veículos, cinco imóveis e oito aeronaves, além da suspensão das atividades de seis empresas.

Os mandados judiciais foram expedidos pela 11ª Vara Criminal Especializada da Seção Judiciária de Minas Gerais e estão sendo cumpridos, por 90 policiais federais, em Belo Horizonte e Lagoa Santa, na Grande BH; Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Goiânia (GO).

Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, podendo cumprir até 33 anos de prisão, se condenados.

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